sábado, 14 de março de 2015

"NA BERLINDA BDSM" - LILI LEVERDI

No dia 06/03/15 foi a vez de a brat Lili Leverdi ser entrevistada. Abaixo a transcrição da entrevista.

Bia Baccellet: Iniciamos agora a primeira entrevista do ano com a Brat Lili Leverdi. Após a apresentação as perguntas estão liberadas. Seja bem vinda!!!!

Lili Leverdi: Boa noite a todos eu sou a Lili, sou um bottom brat, tenho 27 anos e moro em São Gonçalo/RJ. É um prazer participar hj.

Bia Baccellet: A primeira pergunta é meio que praxe. Como conheceu o BDSM? Conte um pouco de sua história!!!

Lili Leverdi: Bia Eu era adolescente ainda. Vivia entrando em sites de moda alternativa puxada pro gótico e sempre esbarrava em sites com conteúdo BDSM. Mas daí a vir me interessar demorou bastante. No início rolou uma estranheza. Eu achava as imagens(as reais) bem chocantes e pensava q jamais faria algo assim. Mas a curiosidade foi maior e, há cerca de 1 ano que eu resolvi me iniciar nesse meio. Não me arrependi ^^ 

Gabriel Souza: Pergunta da Simone Ana que tá sem conseguir entrar no facebook: O que mais te fascina nesse mundo? E o que mais te decepciona?

Lili Leverdi: Gabriel Souza o que mais me fascinou foi a sensação de poder viver aquilo que eu realmente sou, sem me importar com o que as pessoas acham q é certo ou errado. O que me decepciona ainda são as pessoas que não levam nada a sério, os oportunistas e etc. Acham q isso aqui é zoeira e acabam, muitas vezes fazendo estragos com a vida das pessoas.

Gabriel Souza: Qual é sua prática preferida e qual a que vc não faria de jeito nenhum?

Lili Leverdi: Gabriel minha prática preferida é a asfixia. E a que eu não faria de modo algum são práticas que envolvem fezes.

Morgana Bathory: Qual a diferença entre uma brat e uma submissa "pirracenta"?

Lili Leverdi: Morgana a diferença entre uma brat e uma sub pirracenta ou rebelde se dá no foco do prazer. Uma brat tem prazer em provocar e nisto está sua essencia. Uma sub pirracenta o faz sazonalmente, por algum motivo mas, a sua essencia ainda é a da submissão.

Eliane Lima: Já realizou alguma prática que achou q jamais faria?? Qual??

Lili Leverdi: Eliane Lima já realizei sim e era algo que eu tinha bastante medo q era a asfixia.

Bia Baccellet: Você já teve dúvidas em se definir? Já chegou a achar que era Switcher ou Domme por causa do jeito Brat de ser? Como vc se achou sendo Brat?

Lili Leverdi: Bia Baccellet já fiquei na dúvida entre sw e Domme. Mas Domme eu descartei logo pq n tenho muito jeito pra isso. Mas já cogitei sw. Brat foi algo q eu pesquisei muito, e sabendo que ía encontrar pois eu tinha certeza de q era um bottom oposto ao submisso.

Agatha Magalhães: Lili Leverdi existe alguma pratica que vc disse não fazer e hoje se submete?

Lili Leverdi: Agatha eu to gostando de needleplay. Ainda tenho muita resistencia mas é algo que pretendo evoluir.

Eliane Lima: Lili Leverdi Já realizou alguma prática que tinha muito interesse e que quando realizou achou decepcionante? Que não era para vc afinal??

Lili Leverdi: Eliane Lima eu me decepcionei com velas... achava que era moleza mas, n é pra mim.

Jean Paulo: Lili Leverdi, boa noite , vc já teve algum problema em sessão por ser brat? Problemas com Doms?

Valentina Taylor: Sei que não é submissa, mas já pensou em uma sessão com uma Domme?

Lili Leverdi: Jean Paulo sempre tenho problemas com Doms pq já é algo característico do brat n se dar muito bem com eles. Motivo: um é dominador e outro é provocador. Valentina Taylor já pensei sim e acho que seria muito legal

Gabriel Souza: Qual sua melhor experiência no BDSM até hoje e qual a pior?

Lili Leverdi: Gabriel eu não dava muita trela pro shibari. Eu achava que devia ser algo bem entediante na verdade. mas eu me surpreendi muito com as cordas. Acho que foram uma experiencia muito boa pra mim. A pior experiencia foi devido a algumas pessoas com quem, infelizmente lidei e com as quais me aborreci muito. Foram verdadeiros desperdícios em termos de relacionamento.

Agatha Magalhães: Diga pra nós vc acha que o termo brat esta sendo usado como modinha hj em dia...se acha diganos porque...senao tambem.

Lili Leverdi: Agatha Eu acho que atualmente virou uma modinha sim. muitas meninas já chegam bem marrentas, mal educadas até, se achando as tais e querendo se provar maiores do que tudo sem nem ao menos tentar nada. Aí leem uma definição de brat em algum lugar e se acham "as Brats". E não é bem assim. Tanto que logo elas somem do mapa ou se assumem subs. Muitas tem vergonha de se dizerem submissas, na verdade. O q eu acho um erro.

Agatha Magalhães: Aceitaria ser compartilhada, emprestada, leiloada ou vendida?

Lili Leverdi: Agatha Magalhães eu teria que evoluir muito a mente pra poder compreender e aceitar algo assim. Por enquanto a resposta é não, e principalmente se for compartilhada, emprestada, vendida e leiloada para outros homens.

Valentina Taylor: E irmãs, teria?

Gabriel Souza: O que acha de irmãs de coleira?

Lili Leverdi: Valentina e Gabriel Souza Já tive uma experiencia virtual com irmãs uma vez. Mas tinha intenção de vir a se tornar real. Não curti. Sou ciumenta e quero a atenção sempre pra mim

Agatha Magalhães: Sessão com sexo...sem sexo ou nao faz diferença?

Lili Leverdi: Agatha Magalhães prefiro com sexo

Gabriel Souza: Qual sua relação com o SM além das agulhas?

Lili Leverdi: Gabriel vou te falar... essas modinhas são irritantes pra mim. Até mesmo a das brats. Antes, tudo o q eu queria era encontrar mais brats por aí. Depois surgiu um monte de arruaceiras e umas poucas que tinham alguma credibilidade. Aí eu desencanei. Mas no caso dos 50 tons eu n tenho nada contra. Atrai um monte de aventureiros? Sim. Mas eu vejo pelo lado positivo de q possa ser ferramenta pra ajudar a tirar o meio BDSM(embora 50 tons n seja lá a melhor referencia) do limbo. E antes que perguntem, eu n vi filme e nem li livro ^^ Mas no geral, as modinhas são chatas pra mim.

Juan Mikkael: Boa noite a todos. Lili Leverdi, ainda confundo um pouco a ideia do foco do brat ser na "disciplina" com os jogos de ageplay. A dinâmica entre brat e Tamer passa necessariamente por esses papéis ou é viagem minha?

Lili Leverdi: Juan Mikkael brat é um bottom nascido da prática do ageplay. Logo, a sua dúvida faz todo o sentido

Daniel Lima: Lili Leverdi, o que você acha do dualismo (sobre relacionamentos) baunilha x BDSM? Pra você o que seria ideal: separar os dois (ter um relacionamento baunilha com alguém e BDSM com outro), ou tentar unir ambos (mesmo que o relacionamento BDSM fique apenas entre 4 paredes)? Comparando a idealização com a vida real: você se contentaria em ter apenas um deles (o baunilha somente pode ser suficiente, ou apenas o BDSM)? Se sim, qual?

Lili Leverdi: Daniel Lima eu prefiro que seja uma coisa só. Já tive uma experiencia c pessoas diferentes e não foi legal. O certo é não enganar ninguém. Se puder ter os dois com pessoas diferentes, o ideal é que todos saibam o que está rolando.

Gabriel Souza: Acho que a pergunta do Juan Mikkael era um pouco mais específica... É necessário que hajam "cenas" de ageplay em uma sessão entre Tamer e Brat?

Lili Leverdi: Obrigada Gabriel, agora entendi melhor. Bom, não é necessário que hajam cenas típicas do ageplay numa sessão com brat. Até pq o conceito de brat não se resume apenas ao ageplay. O ageplay foi apenas a origem. algumas brats ainda preferem um Daddy mas, no geral, brats se ampliaram muito nos últimos tempos.

Bia Baccellet: Curiosidade pura: Como é a negociação de uma brat? O que ela preza ao negociar, do que vc não abre mão?

Lili Leverdi: Bia Baccellet a negociação entre um Top e uma brat é muito delicada. No meu caso, faço questão de estar sempre revisando o contrato afim de não dar brecha em coisas que eu discordaria futuramente. Algo de que não abro mão é minha liberdade e privacidade. Nada de fornecer senhas, de ser proibida de adicionar fulano e sicrano, de ter a vida vigiada, gosto de me expressar do jeito que eu gosto. Nada disso. Gosto de ter a minha individualidade e não de ser sombra do meu Top.

Gabriel Souza: Simone Ana pergunta: Lili Leverdi, o que vc mais gosta de fazer pra irritar seu dono?

Lili Leverdi: Simone Ana eu procuro saber de algo que ele realmente não gosta mas q sei que não é algo muito grave. Ficar puxando e alisando a barba! É algo bobo mas q deixa ele irritado a medida que vai acontecendo. E pra mim é vício pq adoro barba e ficar mexendo nela me relaxa, mas irrita ele.

Gabriel Souza: Simone Ana pergunta: Lili Leverdi, o que uma platéia pode esperar presenciar numa cena com uma brat?

Lili Leverdi: Quanto a platéia, só se a brat for exibicionista. O que se espera é algo espontaneo. Não tem roteiro. dependo do tipo de brat, do tipo de top, do momento. A tal platéia pode esperar algo criativo, tenho certeza. Brat gosta de inovar nas suas artimanhas

Bia Baccellet: Você se considera masoquista, independentemente de sua resistência à dor?

Lili Leverdi: Bia Baccellet eu acho que sim. Eu levo jeito. Ainda sou muito sensível mas, mesmo chorando horrores eu fico muito excitada.

Bia Baccellet: Você se relacionaria com um Switcher? Como vê as relações de switcher?

Lili Leverdi: Sim Bia, eu me relacionaria. Eu acho que seria realmente uma troca. Mas, talvez eu fizesse isso quando eu tava lá no início, quando ainda tinha essa dúvida de ser ou não ser sw. Mas, se meu Top fosse sw atualmente eu iria curtir. Eu não vejo Sw como sendo algo ruim. Pelo contrário! Acho o máximo.

Gabriel Souza: Você é exibicionista? Gosta de fazer cenas em festas?

Lili Leverdi: Gabriel não sou exibicionista mas até faria alguma cena em festas. Sem nudez.

Letty Souza: Boa noite Lili Leverdi, alguma vez vc ja saiu machucada por irritar demais o TOP?

Letty Souza: depende. Já me magoei com pessoas que disseram me compreender plenamente mas depois mostraram que de nada sabia sobre mim. Bem como já machuquei muita gente pelo mesmo motivo. Mas faz parte da vida, e acho q é uma forma de compreender mais sobre nós mesmos. É aprendizado.

Letty Souza: Lili Leverdi, como se sente se o seu Top quiser ter sessões com outras?

Lili Leverdi: Letty Souza eu tenho um ciúme ferrado do meu Top mas, eu cheguei a um acordo de que ele pode ter sessões com outros bottoms, desde q n sejam brats. Motivo: ele é um Dominador. Comigo ele não assume esse papel pq sabe que brat e Dom é tipo água e óleo. Então, eu não vou restringir o direito dele ter uma submissa ou uma masoquista de vez em quando. Mas importante é não confundir com irmã de coleira, pq isso eu realmente não aceito.

Eliane Lima: Lili Leverdi Em que momento uma brat, ou vc sabe/sente q chegou o limite, q se passar de determinada situação o bicho vai pegar?

Lili Leverdi: Eliane eu ajo por instinto, eu me conheço bem e sei até onde eu posso ir. Mas pra determinar o limite eu preciso tb conhecer muuuito a outra pessoa. E em início de relacionamento, a chance de extrapolar é muito grande. Então, só tendo tempo de casa pra poder medir corretamente.

Valentina Taylor: Se seu dono mandasse vc fazer uma cena ou dança com uma cobra... Não zoo.... Vc faria, serviria de árvore ou baba? Pergunta de Simone Ana

Lili Leverdi Valentina Taylor eu faria sim pq eu acho maneiro.

Bia Baccellet: Como você vê o poliamor?

Lili Leverdi: Bia Baccellet eu acho o poliamor uma coisa suprema. É tipo alcançar o nirvana. Eu tenho amigos que são adeptos e to aprendendo algumas coisas. Comigo ainda n se aplica pq eu sou muito apegada, possessiva até. Mas eu gosto muito de estudar sobre.  

Letty Souza: Já teve sessão como sub? teria prazer com isso?

Lili Leverdi: Letty Souza Quanto a ter sessão como sub, eu nunca tive. Mesmo quando iniciei, não me identificava com esse arquétipo.

Feeh Duarte: Olá Boa noite Lili. Você se viria encoleirada baixando a guarda para um Top?!

Letty Souza: Lili Leverdi, o que te faria entregar a coleira (brat usa coleira?)?

Lili Leverdi: Feeh Duarte e Letty Souza brat tem coleira pois tb vê como símbolo da relação. É bem fato que muitas de nós não gosta de usar mas, ainda é a aliança no bdsm. E já entreguei coleira por vadiagem de Top. Por desrespeito a mim como sendo bottom. Ou seja, Top do tipo comilão que não se farta de ficar caçando bottom. Pra mim não serve. Me prometeu uma coisa e me oferece outra, eu caio fora sem cerimonias. A pessoa sabe que a outra é ciumenta e fica impondo zelofilia, se ferra comigo.

Valentina Taylor: Pergunta da Simone Ana, jogo rápido, Cospe, engole ou brinca?

Lili Leverdi: Simone Ana sobre cuspir, engolir ou brincar, aí depende do meu humor

Valentina Taylor: Já brincou de esconder os acessórios do dono e ele ficar procurando? Pergunta de Simone Ana

Lili Leverdi: Ainda não escondi os apetrechos do Top mas gostei da ideia 

Adriana Dankas: Se sente realizada em ser brat? Ou as vezes pensa!! " puts, ser sub seria mais fácil"?

Lili Leverdi: Adriana Dankas apesar das dificuldades diárias eu me sinto realizada em ser brat. Eu não gostaria de ser outra coisa pq eu me identifico totalmente.

Letty Souza: Lili Leverdi, presenciaria uma cena e/ou sessão do seu Top com outra?

Lili Leverdi: Letty Souza eu tenho curiosidade sim. É algo q eu gostaria de fazer pelo menos uma vez.

Letty Souza: Lili Leverdi e como lidaria com o ciume nessa situação?

Lili Leverdi: Letty Souza eu me controlaria muito. substituiria o ciúme pela curiosidade. É algo q eu consigo fazer se for preciso.

Bia Baccellet: Entrevista encerrada. Muito obrigada Lili Leverdi pela ótima entrevista!!!! Foi demais entender uma brat!!!! Aos demais membros boa noite e até semana que vem com a próxima entrevista!!!!!


As entrevistas ocorrem semanalmente em nosso grupo do Facebook.

Link da entrevista original:
https://www.facebook.com/groups/233584086812714/permalink/399073736930414/

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